Como já falamos em outra postagem, o cantor mktreiro Anderson Freire está preparando com grande empolgação o seu novo álbum, no qual, poderá ser lançado na metade do primeiro semestre do ano de 2018. O título ainda não foi divulgado oficialmente, mas tudo indica que se chamará "A glória é sua". Estão ansiosos?
Comentando um pouco acerca desses momentos de gravações em estúdio, o Anderson poderia fazer disso um período de várias reflexões sobre sua atual desenvoltura. Esse tempo pode ser também uma ferramenta valiosa para repensar em algumas propostas que o mesmo vem utilizando desde do disco "Raridade", onde basicamente, conseguiu o sucesso nacional com suas composições.
De anos para cá, o famoso cantor, muito desenvolto em suas apresentações, tem sido alvo de críticas por sua forma de cantar, que na maioria das vezes, é composta de técnicas vocais extremamente exageradas. Esse fato começou a ser percebido em sua música de maior visibilidade no mercado fonográfico, a canção "Raridade". Um dos exemplos foi no programa global da Fátima Bernardes na época do lançamento. O Anderson extravasou em melismas e quis mostrar aonde consegue chegar com sua potente voz, porém ao mesmo tempo, esse "extravasar" de técnicas vocais se torna algo inaudível a muitos expectadores, pois a simplicidade de outrora é perdida totalmente ("Identidade" quem o diga).
Cantar bem e elaboradamente é bom? É. Não tenhamos dúvidas. Temos exemplos mundiais de cantores que soltam sua voz e conquistam o mundo. Entretanto, a música tem que ser apropriada e principalmente, tem que convencer o público com a nova sonoridade.
Esse é o erro do Anderson Freire. Ele quer soltar sua voz, mas como as faixas seguem um mistura dos estilos pop com a adoração congregacional, a sonoridade extravasada deixa suas canções monótomas e com aquele sentimento de "ele quer aparecer". Vemos esse "probleminha" em várias faixas do seu último álbum, o "Deus não te rejeita". São muitas canções lentas, com vários melismas e alcances vocais que chegam a ser irritantes.
Analisando detalhadamente, o fato exposto aqui no blog, pode ter sido o motivo do álbum não ter tanta aceitação pelo público evangélico (claro, sem esquecer das dezenas de músicas de autoajuda que enjoa qualquer pessoa rsrs...). E seria muito bom que o cantor/produtor revesse essas questões antes de um lançamento "mais do mesmo".
O Anderson Freire é uma das melhores vozes do gospel nacional e também pode competir facilmente como um dos melhores compositores evangélicos. A sua forma de interpretar com técnicas extremamente profissionais aumentam sua credibilidade e competência no meio musical, porém o melhor caminho a seguir é a sua essência, ou seja, sua simplicidade do "primeiro amor".