A Fernanda Brum está passando por grandes mudanças em sua vida ministerial. Como a própria afirmou numa entrevista concedida na MK, o coração dela não pode se voltar ao passado, mas sempre está ligado no futuro (o tal de "terceiro céu"). A "profetiza" das nações lançou recentemente o seu novo trabalho "Da Eternidade" e claro, o estilo está bem mais pop adoração junto com suas tacadas "ao vivo" (algumas desastrosas).
Mesmo não obtendo um resultado vocal superior aos seus trabalhos anteriores (exemplo: Liberta-me, Glória e etc.), "Da Eternidade" marca uma era cristocêntricas em suas composições, e dessa vez, sem aquela velha "dor de cabeça" para conseguir entender as composições. Tudo está muito traduzido e direto.
Mesmo não tendo também, o sentido completo de excelência musical que o último cd teve, "Da Eternidade" vem com uma identidade nova e própria. A capa e o encarte do álbum está espetacular. Parabéns mais uma vez para a equipe da Quartel.
Como todo bom evangélico (e crente do reteté) já gosta, canções fortes e de impacto permeiam esse novo trabalho. A presença de grandes compositores estão em praticamente todas as composições. Além é claro de figurinhas como Anderson Freire e Junior Maciel & Josias Teixeira. O mais estranho foi o saudoso Livingston Farias não ter aparecido com nenhuma letra... Realmente, eles mudaram... Só falta agora o Emerson deixar de produzir o cds da esposa. Rsrsrs... Brincandeira (só que não).
O álbum iniciou muito bem. "Efésios", um dos cargos chefes do cd e uma composição do Kleber Lucas é uma boa canção, além de ser bem envolvente para lutar em oração com os irmãos perseguidos. A volta de Jesus é bem exposta no refrão e a letra está facilmente assimilável.
"Som do meu amado" é da Davi de Moura (Davi de quem???) e a faixa continua com ar sobre a vinda de Jesus. Dá até pra relembrar a canção "Da-me filhos" por causa da sequência. Boa!
Mas sem dúvida, "Da eternidade" foi uma excelente escolha para o título do cd. A música é forte e ímpar. Na última parte em que a Fernanda canta o refrão, a mesma quase "rasga" sua garganta com o grito do "ouwwww". Mesmo assim, ficou ótima e deve ser single. Com certeza!
"Troféu" roubou a cena de "Da Eternidade". E mesmo sendo um estilo meio "pentecostal tranquila", acabou agrandando mais o público do que o sofisticado título. De acordo a Fê, a composição foi entregue pelo Anderson no dia de sua participação especial no programa da Fátima Bernardes da Rede Globo. Ryca não?!
"Suas digitais", escolhida como single do cd, é mais uma bela composição do Anderson Freire. A letra trás abertamente um ar calvinista-reformado, na qual, agradou muitos críticos da música gospel brasileira e até mesmo teólogos. Show!
"Minha oferta" é aquela canção com uma participação de "artistas anônimos" (será que existe esse termo? risos) ou nunca lembrados no meio musical. André Leonno, recém convertido, foi aquele que abrilhantou a música de Junior Maciel & Josias Teixeira. Ele simplesmente deixou a Brum de queixo caído em várias partes da canção com sua delicada afinação e agudos.

Voltando ao assunto dos gritos ou afinação... é perceptível que isso foi um quesito que pecou bastante nesse trabalho. A cantora parecia tão preocupada em impostar a voz de forma encorpada que acabou dando umas escorregadelas. Exemplo disso é a outra faixa escrita por JM & JT,
"Deus está me construindo". Não se sabe se foi coisa do produtor, que pouco utilizou o recurso do protools pra dar mais charme ou foi o seu exagero nos efeitos, ou também sei lá o que... Mas temos sim por alguns momentos a sensação de que estamos ouvindo uma Aline Barros gritando (alinetes me matando...). O back nem se fala. Como sempre carregando a artista nas costas.
"Santo" e a "Ministração" são agradáveis, embora sabendo que tudo foi cortado do dia pra economizar. Boas para cantarolar mais uma vez, depois de mil e uma versões já escritas. Trazem um clima meio saudosista.
"O que tua glória fez comigo" é uma regravação e pertence ao Ministério Voz de Muitas Águas. Sem dúvidas uma canção que relembra a fase de "Apenas um toque" e "Quebrantado Coração". Boa escolha para o repertório. Com tudo, a música arrasta bastante no momento do "saaaaaaaaanto" ou "hoooooooly". Deixou a desejar e imitou muito o "muído cantante" da Ana Paula Valadão. Você escuta a música com a sensação que não haverá fim. Aff!!!
Enfim, chegamos a primeira versão do álbum. A décima primeira faixa do disco, "Pai dos órfãos" é uma versão do cantor americano Jason Upton, "Father Of The Fatherless". A tradução ficou espetacular e com toda certeza, é uma das melhores do cd "Da Eternidade". A Fernanda se jogou, interpretou e ministrou muito bem. "Unção dobrada" diria os fãs.
Ok. Agora sim uma canção sem graça. Ou apenas, dirá ao coração daqueles que estiverem abertos a esta mensagem. Não que não estivéssemos. Mas essa você pode pular que nem vai doer.
"Em tua presença" também é uma versão do Jason Upton.

É interessante notar que Fernanda Brum compõe canções tão alegres... para os outros. Pra ela é sempre aquele repertório dramático-profético. Mas enfim.
“Alguém vai me ouvir” é uma ótima canção que também leva quem ouve adorar e interceder pelas nações. As palmas ficaram muito legais no início. Basicamente esta era a canção mais esperada desse cd. E realmente surpreendeu.
“Faz Brilhar/Brilha Jesus” encerra o álbum novinho e também é interessante. Só.
E mesmo tendo alguns fatores contra a qualidade musical, o cd saiu ótimo. Um bom produto que mostra que não é necessário ser simpática ou cantar muito pra chegar lá. Basta ter uma "unção profética" e muitos fãs idólatras para ajudar em oração e jejum.
5 ESTRELAS pra esse trabalho que surpreendeu! Parabéns, ainda sim, ao produtor e a todos os envolvidos. Ta vendo Fernanda e fãs? Nem sempre falamos mal.
Vale a pena comprar?
VALE